sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
A LEITURA DE MUNDO PRECEDE A LEITURA DA PALAVRA (P. Freire)
O significado da expressão "a leitura do mundo" precede a leitura da palavra de Paulo Freire
Paulo Freire, pensador brasileiro, afirma que a leitura do mundo precede a leitura da palavra. Antes de ler a palavra, a criança lê o mundo através de gestos, olhares, expressões faciais, do cheiro, do tato, do olfato.Como qualquer leitura é uma produção de sentido, as crianças procuram criar sentidos para o mundo que o rodeia.Através desta "leitura do mundo" as crianças começam a perceber as relações espaciais existentes, as relações de afeto, observam que cada coisa ocupa um lugar e tem um nome, manifestam preferência e rejeições...É no contato com "outro", e com o "mundo" que a criança constrói símbolos, inicialmente muito singulares e próprios até chegarem a se construir em significados compartilhados socialmente.Neste sentido, antes de ler a palavra, a criança já vivenciou diversas leituras do mundo.
As diferentes linguagens sobre a leitura de mundo de cada um
A partir do momento em que a criança vai percebendo o que está à sua volta , as diferentes linguagens que a cercam , começa a ampliar sua visão de mundo.Uma criança que vê filmes, novelas, desenhos animados, lê livros, participa de atividades. variadas, que conta, dramatiza, enfim, que utiliza as várias linguagens, amplia seus horizontes, sua visão do mundo. Quanto mais experiências ele tem, mais ele cresce.
A leitura de mundo e a interferência na leitura da palavra:
Paulo Freire, pensador brasileiro, afirma que a leitura do mundo precede a leitura da palavra. Antes de ler a palavra, a criança lê o mundo através de gestos, olhares, expressões faciais, do cheiro, do tato, do olfato.Como qualquer leitura é uma produção de sentido, as crianças procuram criar sentidos para o mundo que o rodeia.Através desta "leitura do mundo" as crianças começam a perceber as relações espaciais existentes, as relações de afeto, observam que cada coisa ocupa um lugar e tem um nome, manifestam preferência e rejeições...É no contato com "outro", e com o "mundo" que a criança constrói símbolos, inicialmente muito singulares e próprios até chegarem a se construir em significados compartilhados socialmente.Neste sentido, antes de ler a palavra, a criança já vivenciou diversas leituras do mundo.
As diferentes linguagens sobre a leitura de mundo de cada um
A partir do momento em que a criança vai percebendo o que está à sua volta , as diferentes linguagens que a cercam , começa a ampliar sua visão de mundo.Uma criança que vê filmes, novelas, desenhos animados, lê livros, participa de atividades. variadas, que conta, dramatiza, enfim, que utiliza as várias linguagens, amplia seus horizontes, sua visão do mundo. Quanto mais experiências ele tem, mais ele cresce.
A leitura de mundo e a interferência na leitura da palavra:
Partindo de um exemplo típico utilizado em cartilhas: "O vovô viu a uva" Imagine que a criança não conheça um avô ou que de fruta ela só conheça a banana.Vai ficar difícil para ela levantar hipóteses sobre a leitura partindo da sua vivência, se no caso ela nunca vivenciou o que foi mostrado.Fica mais fácil, então, lidar com uma frase da criança, daquele grupo especifico; possivelmente essa frase será endentida por todos, será mais real, autêntico. As crianças poderão levantar hipóteses, discutir e chegar à leitura das palavras.
O cruzamento da leitura de mundo e da leitura da palavra:
As leituras do mundo variam de pessoa para pessoa. A leitura de mundo de cada um interfere na produção de sentido.Se um mesmo texto for lido por várias pessoas, cada um terá lido o texto à sua maneira, de acordo com sua visão de mundo, os sub-textos que estão inscrito em nós mesmo. Então, a leitura de mundo e a leitura da palavra vão sempre estar intercruzadas. As nossas leituras nunca vão ser iguais, são singulares sempre.Segundo Barthes, teremos quantos escrituras, quantos escritores, quantos leitores tivermos
A importância do texto imagético no trabalho com a leitura:
A imagem sempre fez parte da vida do ser humano. No tempo das cavernas o homem já tentava representar a vida através dos desenhos. A imagem é um signo da gênese da comunicação. Mas através da eletrônica, ela nos assusta muito, porque é muito sedutora. Ela é total, universal e pode ser estendida por seres de culturas diferentes.O texto escrito e o texto televisivo usam códigos diferentes e exigem outras formas de comunicação. A escola ao invés de abrir mão ou afastar a televisão, deveria estabelecer parcerias. Levar a criança a perceber como é que se "faz" "para" televisão. Até para isso é preciso escrever...e escrever bem!É importante perceber que o texto escrito, a imagem, os gestos e os sons... se complementam e que a imagem televisão, se for trabalhada, amplia a visão do mundo, abre novos horizontes.
Se a leitura do mundo precede a leitura da palavra, o interesse da criança pela leitura só será despertado se os textos apresentados tiverem relação com a realidade vivida por ela. É importante favorecer a junção da leitura da palavra com a leitura do mundo. Como diz Paulo Freire deve-se incentivar a leitura da "palavra-mundo".As cartilhas, por exemplo, lidam com textos desvinculados da vida, graduados de acordo com uma hipotética organização de fonemas em ordem de dificuldade, de forma artificial. Na realidade nem se pode considerar como textos as frases desconexas das cartilhas.O interesse pela leitura deve ser estimulado a partir de diferentes textos, revistas, literatura infantil, jornais, propaganda, cartazes, avisos, textos coletivos e individuais produzidos pelos alunos, enfim por todas as formas de linguagem que sejam portadoras de sentido.A cartilha e os livros didáticos, em geral, podem ser usados, porém, estabelecendo-se critérios para seu uso e selecionando-se textos adequados e interessantes.Todo e qualquer tipo de material de leitura deve ser levado para a sala de aula e não apenas o material convencional (cartilhas e livros didáticos).Quanto mais contato o aluno tiver com os diferentes textos, mais fascinado ficará pelo mundo da leitura e mais facilidade terá para entender os usos sociais da leitura e da escrita.
A leitura e a escrita em classes de educação infantil:
A leitura / escrita devem estar presentes no ambiente das classes de educação infantil. É importante que crianças, nesta faixa etária , manipulem material escrito para que possam levantar hipóteses sobre o processo de construção da leitura e da escrita.O professor deve realizar atos de ler / escrever para que seus alunos percebam os usos e funções da leitura / escrita.Também é fundamental deixar que as crianças menores façam, suas tentativas de ler/escrever livremente e expor os alunos a várias tipos de linguagens: desenho, dramatizações, televisão, filmes, danças, textos escritos sob várias formas, como receitas, bulas, histórias, avisos, anúncios, cartazes...Mais importante do que ensinar as vogais ou alfabeto nas classes de educação infantil é expor os alunos ao contato com a língua escrita e com as diferentes formas de linguagem.
A expressão pedagogia da imaginação foi cunhada em momentos diversos por dois grandes pensadores: o filósofo Bachielard e o escritor Ítalo Calvino.Bachelard define a imaginação como sendo a capacidade não de formar, mas de deformar imagens, criando-se outras imagens além daquilo que é percebido.Para este autor existe uma imaginação reprodutora que apenas reproduz o que é percebido e uma imaginação criadora, a verdadeira imaginação, que se descola do percebido e se liberta das amarras da realidade.Ítalo Calvino usa a expressão "pedagogia da imaginação" para definir um modo de trabalho que contempla imagens visuais e literárias.Segundo Calvino, a imaginação pode-se desenvolver através de imagens visuais tanto quanto de imagens literárias e, por estarmos hoje, num mundo cercado de imagens visuais não devemos deixar de usá-las para desenvolver a pedagogia de imaginação.A televisão, os vídeos, o cinema, os computadores lidam com imagens visuais não se podendo apartar, hoje, os alunos deste tipo de situação.Trabalhar, plenamente, a pedagogia da imaginação significa incorporar as imagens ao cotidiano escolar, exercitando o modo de lê-las criticamente e de criar novos textos imagéticos ou escritos a partir destas.
Na visão de Paulo Freire, se compreendermos a ação de ler de modo amplo, veremos que ela se caracteriza pelas relações entre o indivíduo e o mundo que o cerca.A tentativa de impor ao mundo uma hierarquia qualquer de significados, representa, de antemão , uma "leitura".O real torna-se um "código" com suas leis e a revelação destas traduz uma modalidade de "leitura".Desde o início, esta "leitura de mundo" começa a ser realizada e é mediatizada pelo "outro", é fruto de interação.Qualquer leitura do mundo é uma produção de sentido relacionada com o momento e a situação vivida e como qualquer leitura ela, também, não está isolada no tempo e no espaço. Ela sempre se relacionará com outras leituras, com outros textos, inscritos pela vida, no leitor.A "leitura da palavra" está ligada à leitura propriamente dita, embora não possa estar afastada da "leitura de mundo".A leitura da palavra comporta dois níveis : leitura dialógica e leitura não dialógica, segundo Paulo Freire.
A "leitura não dialógica" choca-se e entra em conflito com a "leitura de mundo" porque não comporta uma pluralidade de interpretações. Entendida como um código, cabe dicifrá-lo e isto é tudo o que importa. A leitura não dialogica não dá espaço à produção de sentidos e, se não se abre este espaço, se impede a dialogia, não há espaço para o sujeito-leitor.Em geral, esta leitura não dialógica informa práticas pedagógicas tradicionais e se ancora nas célebres cartilhas.Todos devem ler / ver o mesmo mundo consensual, harmônico, dividido entre bem e mal, cheio de regras e prescrições de bom comportamento, bom falar, etc... Além do mundo mostrado ser irreal é difícil lê-lo produzindo sentido através de textos que falem, por exemplo, do "Rato que rói a roupa de rei de Roma" ou de "Barata que come abóbora".Na pedagogia não dialógica, a grande maioria dos alunos fracassa porque suas experiências de vida (sua "leitura de mundo") são banidas de sala de aula e tornam-se decifradores de sinais, não leitores.
A leitura dialógica privilegia a interação. As "leituras de mundo" podem fluir e o espaço se abre para que a "leitura da palavra" seja um processo natural.Nessa visão, os textos lidos em aula são os textos produzidos pelos alunos. Eles são discutidos, comparados e muitas coisas são descobertas, até mesmo, por exemplo que a letra "R" de Renato é a mesma da Mariana, embora sejam pronunciadas de forma diferente. Descobrem-se coisas e mais coisas, sem uma ordem pré-determinada. Nesta leitura dialógica a produção de sentidos não fica aprisionada a uma ordenação de fonemas.Aberto o espaço do diálogo, encorajando-se as crianças a dizerem a "sua palavra" num processo interativo, aberto o espaço de interlocução as crianças têm oportunidade de apresentar sua "leitura de mundo" como diz Paulo Freire, sempre procede a " leitura da palavra".Se entendermos a relação entre "leitura do mundo"e "leitura da palavra" se abrirá o caminho para a interlocução entre o leitor e o texto e se houver espaço para a interlocução com o texto, abrir-se-á o caminho para a formação do leitor.
O convívio com os livros de literatura, com diferentes textos, permitirão detonar as múltiplas visões que cada criação literária sugere e permitirão diversas interpretações que decorrem de "leitura de mundo" de cada um.Os livros de literatura, no entanto, devem ser utilizados, não como livros didáticos, pois neste caso, perderiam sua força.Repetindo Marisa Lajolo "o texto não pode ser pretexto para ensinar, para ser intermediário da aprendizagem, para ser dissecado em sua forma sintática ou ortográfica.A função dos textos literários é outra: trabalhando com a imagem simbólica do mundo que se de a conhecer, eles nunca se dão a conhecer de maneira completa, fechada. Eles exigem a intervenção do leitor.
A ANDRAGOGIA E SEUS PRINCÍPIOS :
ANDRAGOGIA
Se analisarmos as idéias de Knowles concluiremos sem que ele próprio soubesse importou do Marketing a idéia de segmentação de mercado ao colocar como premissa mais importante da ANDRAGOGIA de que os professores envolvidos com o ensino de pessoas em diferentes faixas etárias devem procurar conhecer os fatores relacionados com a idade pois estes afetam o seu processo de aprendizagem. Ora, isso nada mais é que segmentação de mercado em Marketing!
A seguir relataremos de forma resumida as conclusões mais importantes dos estudos e experiências a respeito da Andragogia.
De acordo com Knowles (1976) e andragogia apoia-se em quatro hipóteses sobre as características do adulto enquanto "aprendiz", características essas que são fundamentalmente diferentes da criança como aprendiz, objeto da Pedagogia. Estas quatro hipóteses consideram que, ao atingir a idade adulta, o indivíduo:
1 - Modifica o seu auto-conceito deixando de ser um indivíduo dependente (conforme a Pedagogia) para ser um independente, auto dirigido;
2 - Acumula uma crescente reserva de experiências e consequentemente um maior volume de recursos de aprendizagem;
3 - Tem sua motivação de aprendizagem cada vez mais orientada para buscar desenvolver seus papéis sociais;
4 - Modifica sua "perspectiva de tempo" em relação a aplicação de conhecimentos; para os adultos o maior interesse é de conhecimentos de aplicação mais imediata e em conseqüência a sua aprendizagem deve deixar de ser centralizada no conteúdo para centralizar-se no problema.
Whitbourne e Weinstock (1979) relatam que;
"Adultos, alunos de graduação e pós-graduação, são muito diferentes na sua postura em relação a sua própria educação, quando comparados com estudantes que progrediram no sistema educacional sem qualquer envolvimento" com o "mundo real". (pg. 38).
A presença de adultos numa sala de aula, no entender de Houle (1972) é razão suficiente para que se considere a educação não mais como uma "arte operativa" e sim uma "arte cooperativa", isto é, uma atividade de interação voluntária entre os indivíduos durante o processo de aprendizagem.
Nestas circunstâncias, os participantes adotam uma atitude de colaboração tanto no planejamento como na condução do processo e o professor é utilizado como elemento facilitador, proporcionando orientação, aconselhamento para que sejam atingidos as metas desejadas pelo grupo. E, na medida que a realidade e as necessidades se alteram, vão sendo feitas revisões ao longo do curso, sem que hajam perdas de prestígio ou de padrões de qualidade por qualquer dos parceiros do processo.
Em outras palavras ao tratar com grupos de estudantes maduros, o papel do professor deve ser muito mais o de um "facilitador do conhecimento" ("Vamos decidir isto juntos") e não mais o de uma autoridade em todas as facetas da matéria ("Vou lhes explicar o que considero ser importante que vocês saibam").
A crítica que os andragogos fazem à situação do currículo completamente pré-determinado é de que ela redunda numa minimização da eficácia do processo de aprendizagem na medida em que os alunos ao entrar no curso tem diferentes graus de dependência no julgamento do professor em relação ao que "deve" ser aprendido; além disso são feitas também variadas as experiências individuais que possam a ser úteis a eles próprios e a seus parceiros de aprendizagem.
Utilizando-se de situações de solução de problemas que seja relevantes para cada indivíduo, o professor passa a ser capaz de aumentar a eficiência da experiência educacional tanto para o aluno como para ele próprio. Uma grande parte das idéias de Knowles sobre o ensino de adultos está também incorporada nas idéias de KOLB o autor do "aprendizagem vivencial" (experiential learning).
Para quem conhece as idéias do educador Carl Rogers constata também que há muita influência rogeriana nas idéias de Knowles.
PRINCÍPIOS DA APRENDIZAGEM DE ADULTOS:
Gibb (1960) publicou uma lista de seis princípios sobre a aprendizagem de adultos que representam um conjunto de diretrizes para que se possa obter um ambiente de aprendizagem de adultos efetiva. Esses princípios são:
1 - A aprendizagem deve ser centralizada em problemas
Muitas das experiências de aprendizagem consistem em um conflito entre o professor que vê os problemas do seu próprio quadro de referências e o aluno que possui um outro conjunto de experiências a partir das quais deriva um conjunto de problemas diferentes.
2 - A aprendizagem deve ser centralizada em experiências
O problema do professor para desenvolver uma atmosfera de aprendizagem adequada é ajudar que sejam escolhidos e oferecidos tipos de experiência relacionadas com o problema do estudante.
3 - A experiência deve ser significativa para o estudante
As diferentes limitações do estudante em experiências, idades, equilíbrio emocional e aptidão mental podem limitar ou bloquear a sua percepção de que a experiência é significativa para seu problema.
Além disso o significado das experiências não são percebidas pelo aluno do tipo não participativo.
4 - O aprendiz deve ter liberdade de analisar a experiência
Para melhor descrever qual a atmosfera adequada para aprendizagem de adultos podem ser usadas as seguintes palavras: permissiva, de apoio, de aceitação, livre, espontânea, centralizada na realidade e no indivíduo. A aprendizagem é uma experiência social.
5 - As metas e a pesquisa deve ser fixadas e executadas pelo aluno
O estudante deve sentir-se livre de errar, de explorar alternativas para solução dos problemas e de participar nas decisões sobre a organização do seu ambiente de aprendizagem.
6 - O aluno deve receber o "feed-back" sobre o seu progresso em relação as metas
Um bom exemplo de oportunidade para avaliação formativa e ao mesmo tempo capaz de proporcionar esse "feed-back" é fazer que o aluno participe de avaliações periódicas ao longo do curso; para tanto é necessário que o curso seja compartimentado em módulos ou unidades estanques e capazes de serem "isoladamente avaliadas" em lugar da solução tradicional de um trabalho ou exame ao final do curso.
Em seguida apresentamos uma relação das características dos adultos enquanto aprendizes comentando as conseqüências dessas características sobre a sua aprendizagem.
Muitos cursos de Pós-Graduação e principalmente uma grande parte dos programas de treinamento de executivos fracassam por ignorar essas características. É comum professores de administração habituados ao ensino no nível de graduação no estilo tradicional (onde o professor é a "autoridade detentora do saber") verem-se em dificuldades quando vão ministrar cursos para executivos. E o mais grave é que, desconhecendo a existência de Andragogia não são capazes de identificar as causas dos seus insucessos e como corrigi-las.
- Características dos adultos como aprendizes e suas conseqüências na sua aprendizagem.
1 - Adultos possuem uma razoável quantidade de experiências:
Consequências: os adultos podem ser usados como "recursos de aprendizagem"; as estratégias de aprendizagem de adultos devem encorajar troca de idéias e experiências.
2 - O corpo dos adultos sendo relativamente muito maior que os das crianças está sujeito a maiores pressões e estímulos gravitacionais:
Consequência: O conforto físico é importante para a aprendizagem de adultos; muito pouco conforto ou em excesso podem ser desastrosos.
3 - Adultos possuem conjuntos de hábitos fortemente sedimentados:
Consequência: os hábitos e gostos dos adultos devem ser na medida do possível considerados e atendidos.
4 - Adultos tendem a ter grande orgulho de si próprio:
Consequência: os adultos respondem muito bem as oportunidades de desenvolvimento, auto-direcionamento e responsabilidade no seu processo de aprendizagem.
5 - Adultos em geral tem coisas tangíveis a perder:
Consequência: a ênfase deve ser na promoção do sucesso em lugar de revelar as deficiências
6 - Adultos têm que tomar decisões e resolver problemas:
Consequências: a aprendizagem centralizada em problemas pode ser mais efetiva e é mais agradável.
7 - Adultos tendem a ter grande número de preocupações e de problemas a resolver fora da situação de aprendizagem:
Consequência: as demandas da experiência de aprendizagem não devem ser irreais; deve haver um balanceamento adequado entre o tempo necessário para apresentação da situação de aprendizagem e o tempo necessário para a obtenção da aprendizagem.
8 - Os adultos na sociedade moderna são cada vez mais pressionados por grande número de opções:
Consequência: aprender a decidir é uma aptidão importante.
9 - Os adultos tendem a ter comportamento grupais consistentes com suas próprias necessidades:
Consequência: usualmente os adultos adotam aqueles comportamentos que façam com que suas necessidades sejam atendidas pelo grupo. Devem ser cultivados os comportamentos que sejam úteis aos indivíduos e aos grupos.
10 - Adultos tendem a ter bem sedimentadas suas estruturas emocionais consistindo de valores, atitudes e tendências:
Consequência: mudanças são perturbadoras. É mais provável obter mudanças de comportamento em um ambiente não ameaçador e onde exista em alto grau a participação e o engajamento.
11 - Adultos tendem a ter bem desenvolvidos seus "filtros" seletivos dos estímulos:
Consequência: a maioria dos adultos só ouve aquilo que deseja ouvir. O ensino para ser eficaz deve focalizar em mais de um sistema sensorial para que possa penetrar nos "filtros" que o adulto usa para barrar aqueles estímulos que ele considera desagradáveis, desinteressantes ou perturbadores.
12 - Os adultos tendem a responder bem a "reforços" negativos ou positivos de aprendizagem:
Consequência: os "esforços" de aprendizagem (tanto negativos como positivos) devem ser usados em gradações variadas.
13 - Adultos tendem a ter impressões e opiniões muito sedimentadas sobre situações de aprendizagem:
Consequência: só boas e bem sucedidas experiências de aprendizagem encorajam a formação de atitudes positivas
14 - Os adultos na sociedade moderna tem um receio íntimo de fracassar e ser substituído;
Consequência: a situação de aprendizagem deve dar oportunidades de desenvolver auto-confiança e novas aptidões.
DynamicLab Gazette - 21- 06 -04 reflexões sobre a aprendizagem on-line
A Andragogia (Knowles)Paula de Waal e Marcos Telles - Junho, 2004
A Andragogia foi definida por Malcolm Knowles como a arte e ciência de ajudar o adultoa aprender (em oposição à Pedagogia, que cuida do ensino de crianças). Os conceitos de Knowles foram amplamente discutidas prevalecendo, hoje, a posição de que os dois campos não são mutuamente excludentes. Knowles chegou a indicar que os dois conceitos formariam um continuum indo da educação centrada no professor à educação centrada no aprendedor. O fato é que os 5 princípios (ou hipóteses) da Andragogia têm sido validados pela prática e são de grande valia para o projeto de eventos educacionais voltados para adultos.
1. Autonomia: o adulto sente-se capaz de tomar suas próprias decisões (auto-administrar-se) e gosta de ser percebido e tratado como tal pelos outros.
2. Experiência: a experiência acumulada pelos adultos oferece uma excelente base para o aprendizado de novos conceitos e novas habilidades.
3. Prontidão para a Aprendizagem:o adulto tem maior interesse em aprender aquilo que está relacionado com situações reais de sua vida.
4. Aplicação da Aprendizagem: as visões de futuro e tempo do adulto levam-no a favorecer a aprendizagem daquilo que possa ter aplicação imediata, o que tem como corolário uma preferência pela aprendizagem centrada em problemas em detrimento de uma aprendizagem centrada em áreas de conhecimento.
5. Motivação para Aprender: os adultos são mais afetados pelas motivações internas que pelas motivações externas. Vale lembrar que as motivações externas estão ligadas seja ao desejo seja de obter prêmios ou compensações seja ao desejo de evitar punições; motivações internas estão ligadas aos valores e objetivos pessoais de cada um.
Decorrem desses princípios alguns conceitos importantes para o projeto de ambientes e processos educacionais voltados a adultos; entre eles estão os seguintes:
- adultos querem entender o porquê da necessidade de aprender uma certa coisa,- adultos gostam de aplicar seu conhecimento prévio no processo de aprendizagem,- adultos interessam-se mais pela aprendizagem de coisas que possam aplicar imediatamente,- os processos de aprendizagem voltados a adultos devem ser centrados em problemas e não em conteúdos (sempre que cabível).
Andragogia é o ensino de adultos. Ultimamente muito usada no campo empresarial na área de treinamento e desenvolvimento." Lições para o educador de adultos :: Luiz Carlos Moreno O objeto da educação de adultos não é tanto ministrar o ensino, mas assegurar uma formação. Ele visa criar um clima e curiosidade intelectual, de liberdade social e de tolerância e suscitar em cada um a necessidade e a possibilidade de participar ativamente no desenvolvimento da vida cultural de sua época.A educação de adultos inclui: - Educação Geral, Educação Profissional. Educação Continuada – esta, aqui entendida como uma volta cada vez mais freqüente, em períodos de tempo cada vez mais curtos entre um evento e outro, aos ambientes de ensino – aprendizagem. A política (aspectos fundamentais do comportamento e do desenvolvimento organizacional), a técnica, a ciência, têm que ser consideradas na educação, para poder unificar e ao mesmo tempo inspirar a verdade educacional nos diversos campos em que ela se desdobra.O grande defeito encontrado nos educadores é principalmente o de procurar uma Andragogia pronta, quando essa não existe. E se existisse seria imprestável.A educação é um ato intransitivo, quer dizer, o educador não pode transformar a outrem que não esteja se transformando no próprio trabalho de ensinar. Por isso é que ele, ao ensinar, aprende.Para Quem? Precisamente aqueles que mais necessitam de educação são os que menos se beneficiam dos programas pelo fato de que, de modo geral, mais baixo é o nível de instrução e sua condição profissional modesta, menos esta pessoa é motivada para prosseguir sua educação desde que atingiu a idade adulta.Por Que? O conhecimento é condição de inserção do homem no social para que aí, junto com, associado com, opere mudanças que visem o desenvolvimento humano pleno.Alfabetização funcional - as empresas precisam cada vez mais de pessoas qualificadas (mentes e corações) que possam aprender novas tecnologias. Muitas organizações se depararam com dificuldades na compra de equipamentos mais sofisticados porque os trabalhadores, embora soubessem ler e escrever, não conseguiam entender o maquinário e ou seus princípios de funcionamento.A ampliação da educação tornou-se imprescindível para sociedade moderna, como demonstra uma pesquisa do Prof. Lawrence Lau, PhD. da Universidade de Berkeley, sobre o rendimento da produtividade. O aumento de 1% no tempo de estudo da força de trabalho um país latino - americano representa ampliar em 0,4 % produtividade nacional em um ano. O efeito de 55 meses de educação primária na força de trabalho significa crescimento de 2,5 % no PNB para uma nação deste continente.Contexto Social - A educação é uma modalidade de trabalho social. Para compreendê-la é necessário utilizar as categorias histórico - antropológicas - dialéticas, que definem o conceito de " trabalho". A educação é parte do trabalho social porque:* Trata de formar os membros da comunidade para o desempenho de uma ocupação de trabalho no âmbito da atividade total;* O educador é um trabalhador; * No caso especial da educação de adultos, dirige-se a outro trabalhador, a quem tenciona transmitir conhecimentos que lhe permitam elevar-se em sua condição de trabalhador.Quem realiza? A preparação do educador é permanente e não se confunde com a aquisição de um tesouro de conhecimentos que lhe cabe transmitir aos educandos. É um fato humano que se produz pelo encontro de consciências livres, a dos educadores entre si e os destes com os educandos. O educador deve ser o portador da consciência mais avançada de seu meio (conjuntamente com o filósofo, o sociólogo). Necessita possuir antes de tudo a noção crítica de seu papel, isto é, refletir sobre o significado de sua missão profissional, sobre as circunstâncias que a determinam e a influenciam, e sobre as finalidades de sua ação.Desmistificando - O adulto não cessa de aprender ao longo de toda a sua vida. A conservação da habilidade de aprender está mais relacionada com o grau de instrução e a prática continuada de novas aprendizagens do que expostas aos efeitos da idade. A habilidade de aprender é um atributo que se beneficia com a prática e a experiência. Em nenhuma etapa da vida como na idade adulta, o contexto social incide mais nas atitudes do homem. O adulto que chega a um agente educativo é diferente da criança e do adolescente. O adulto é uma pessoa livre que se decide a aprender e que começa por escolher o agente que espera, lhe proporcione os conhecimentos e habilidades precisos para responder a uma realidade imediata. Se o que se lhe ensina não parece ter nenhum laço com sua experiência pessoal ou não pode ser-lhe de nenhum proveito, em particular para seu futuro imediato, pode estar certo que ele não fará caso algum, não terá interesse, do mesmo modo que rechaçará idéias e informações que não chegue a compreender ou que estejam em contradição com suas convicções íntimas.As motivações e necessidades para a educação de adultos giram em torno de três categorias: Profissão; Desenvolvimento pessoal e Relações sociais.Na educação de adultos a tomada de consciência precede a escolha e a escolha deve preceder a mudança."Veja mais >> http://www.rh.com.br/ler.php?cod=3235&or...
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A ANDRAGOGIA E SEUS PRINCÍPIOS
Gilberto Teixeira (Prof.Doutor FEA/USP )
Já há alguns anos que o papel do professor ano nível de ensino superior vem sendo visto numa ótica diversa da tradicional. E, particularmente quando se trata do ensino de Administração, seja ele ao nível de graduação, pós-graduação ou mesmo do chamado Treinamento de Executivos, é maior ainda o impacto dessa mudança. Entretanto, pelo fato dessa recente postura sobre o processo de aprendizagem encarar o aluno como um indivíduo amadurecido, é natural que a sua maior potencialidade esteja relacionada com o nível de Pós-Graduação e com o Treinamento de Executivos.
Intitulada de ANDRAGOGIA pelo seu criador, o norte-americano Malcolm Knowles, ela é resultante de conclusões a que chegaram diversos pesquisadores e educadores; na verdade as idéias sobre a ANDRAGOGIA já não podem ser consideradas somente uma formulação teórica pois existem inúmeras experiências bem sucedidas de sua aplicação.
E como pretendemos demonstrar a 'ANDRAGOGIA' não tem nada de complexo pois nada mais é que uma redefinição do papel do professor.
O que vem a ser a Andragogia? Segundo Knowles, ela é a "arte e a ciência destinada a auxiliar os adultos a aprender e a compreender o processo de aprendizagem dos adultos".
A Andragogia parte da premissa de que muitos dos problemas hoje existentes na educação de pessoas adultas, (e nisso inclui-se o ensino superior), estão associados com a adoção de um modelo pedagógico" para o ensino de adultos, isto é, os alunos adultos vinham sendo tratados, utilizando-se dos recursos da Pedagogia que é o estudo do processo de aprendizagem de crianças (pedagogia é derivada do grego: "paid" significando criança e "agogus" significando líder de).
Knowles propõe, portanto, a substituição da Pedagogia pela ANDRAGOGIA.
HIPÓTESES E IMPLICAÇÕES DA ANDRAGOGIA:
Gilberto Teixeira (Prof.Doutor FEA/USP )
Já há alguns anos que o papel do professor ano nível de ensino superior vem sendo visto numa ótica diversa da tradicional. E, particularmente quando se trata do ensino de Administração, seja ele ao nível de graduação, pós-graduação ou mesmo do chamado Treinamento de Executivos, é maior ainda o impacto dessa mudança. Entretanto, pelo fato dessa recente postura sobre o processo de aprendizagem encarar o aluno como um indivíduo amadurecido, é natural que a sua maior potencialidade esteja relacionada com o nível de Pós-Graduação e com o Treinamento de Executivos.
Intitulada de ANDRAGOGIA pelo seu criador, o norte-americano Malcolm Knowles, ela é resultante de conclusões a que chegaram diversos pesquisadores e educadores; na verdade as idéias sobre a ANDRAGOGIA já não podem ser consideradas somente uma formulação teórica pois existem inúmeras experiências bem sucedidas de sua aplicação.
E como pretendemos demonstrar a 'ANDRAGOGIA' não tem nada de complexo pois nada mais é que uma redefinição do papel do professor.
O que vem a ser a Andragogia? Segundo Knowles, ela é a "arte e a ciência destinada a auxiliar os adultos a aprender e a compreender o processo de aprendizagem dos adultos".
A Andragogia parte da premissa de que muitos dos problemas hoje existentes na educação de pessoas adultas, (e nisso inclui-se o ensino superior), estão associados com a adoção de um modelo pedagógico" para o ensino de adultos, isto é, os alunos adultos vinham sendo tratados, utilizando-se dos recursos da Pedagogia que é o estudo do processo de aprendizagem de crianças (pedagogia é derivada do grego: "paid" significando criança e "agogus" significando líder de).
Knowles propõe, portanto, a substituição da Pedagogia pela ANDRAGOGIA.
HIPÓTESES E IMPLICAÇÕES DA ANDRAGOGIA:
Se analisarmos as idéias de Knowles concluiremos sem que ele próprio soubesse importou do Marketing a idéia de segmentação de mercado ao colocar como premissa mais importante da ANDRAGOGIA de que os professores envolvidos com o ensino de pessoas em diferentes faixas etárias devem procurar conhecer os fatores relacionados com a idade pois estes afetam o seu processo de aprendizagem. Ora, isso nada mais é que segmentação de mercado em Marketing!
A seguir relataremos de forma resumida as conclusões mais importantes dos estudos e experiências a respeito da Andragogia.
De acordo com Knowles (1976) e andragogia apoia-se em quatro hipóteses sobre as características do adulto enquanto "aprendiz", características essas que são fundamentalmente diferentes da criança como aprendiz, objeto da Pedagogia. Estas quatro hipóteses consideram que, ao atingir a idade adulta, o indivíduo:
1 - Modifica o seu auto-conceito deixando de ser um indivíduo dependente (conforme a Pedagogia) para ser um independente, auto dirigido;
2 - Acumula uma crescente reserva de experiências e consequentemente um maior volume de recursos de aprendizagem;
3 - Tem sua motivação de aprendizagem cada vez mais orientada para buscar desenvolver seus papéis sociais;
4 - Modifica sua "perspectiva de tempo" em relação a aplicação de conhecimentos; para os adultos o maior interesse é de conhecimentos de aplicação mais imediata e em conseqüência a sua aprendizagem deve deixar de ser centralizada no conteúdo para centralizar-se no problema.
Whitbourne e Weinstock (1979) relatam que;
"Adultos, alunos de graduação e pós-graduação, são muito diferentes na sua postura em relação a sua própria educação, quando comparados com estudantes que progrediram no sistema educacional sem qualquer envolvimento" com o "mundo real". (pg. 38).
A presença de adultos numa sala de aula, no entender de Houle (1972) é razão suficiente para que se considere a educação não mais como uma "arte operativa" e sim uma "arte cooperativa", isto é, uma atividade de interação voluntária entre os indivíduos durante o processo de aprendizagem.
Nestas circunstâncias, os participantes adotam uma atitude de colaboração tanto no planejamento como na condução do processo e o professor é utilizado como elemento facilitador, proporcionando orientação, aconselhamento para que sejam atingidos as metas desejadas pelo grupo. E, na medida que a realidade e as necessidades se alteram, vão sendo feitas revisões ao longo do curso, sem que hajam perdas de prestígio ou de padrões de qualidade por qualquer dos parceiros do processo.
Em outras palavras ao tratar com grupos de estudantes maduros, o papel do professor deve ser muito mais o de um "facilitador do conhecimento" ("Vamos decidir isto juntos") e não mais o de uma autoridade em todas as facetas da matéria ("Vou lhes explicar o que considero ser importante que vocês saibam").
A crítica que os andragogos fazem à situação do currículo completamente pré-determinado é de que ela redunda numa minimização da eficácia do processo de aprendizagem na medida em que os alunos ao entrar no curso tem diferentes graus de dependência no julgamento do professor em relação ao que "deve" ser aprendido; além disso são feitas também variadas as experiências individuais que possam a ser úteis a eles próprios e a seus parceiros de aprendizagem.
Utilizando-se de situações de solução de problemas que seja relevantes para cada indivíduo, o professor passa a ser capaz de aumentar a eficiência da experiência educacional tanto para o aluno como para ele próprio. Uma grande parte das idéias de Knowles sobre o ensino de adultos está também incorporada nas idéias de KOLB o autor do "aprendizagem vivencial" (experiential learning).
Para quem conhece as idéias do educador Carl Rogers constata também que há muita influência rogeriana nas idéias de Knowles.
PRINCÍPIOS DA APRENDIZAGEM DE ADULTOS:
Gibb (1960) publicou uma lista de seis princípios sobre a aprendizagem de adultos que representam um conjunto de diretrizes para que se possa obter um ambiente de aprendizagem de adultos efetiva. Esses princípios são:
1 - A aprendizagem deve ser centralizada em problemas
Muitas das experiências de aprendizagem consistem em um conflito entre o professor que vê os problemas do seu próprio quadro de referências e o aluno que possui um outro conjunto de experiências a partir das quais deriva um conjunto de problemas diferentes.
2 - A aprendizagem deve ser centralizada em experiências
O problema do professor para desenvolver uma atmosfera de aprendizagem adequada é ajudar que sejam escolhidos e oferecidos tipos de experiência relacionadas com o problema do estudante.
3 - A experiência deve ser significativa para o estudante
As diferentes limitações do estudante em experiências, idades, equilíbrio emocional e aptidão mental podem limitar ou bloquear a sua percepção de que a experiência é significativa para seu problema.
Além disso o significado das experiências não são percebidas pelo aluno do tipo não participativo.
4 - O aprendiz deve ter liberdade de analisar a experiência
Para melhor descrever qual a atmosfera adequada para aprendizagem de adultos podem ser usadas as seguintes palavras: permissiva, de apoio, de aceitação, livre, espontânea, centralizada na realidade e no indivíduo. A aprendizagem é uma experiência social.
5 - As metas e a pesquisa deve ser fixadas e executadas pelo aluno
O estudante deve sentir-se livre de errar, de explorar alternativas para solução dos problemas e de participar nas decisões sobre a organização do seu ambiente de aprendizagem.
6 - O aluno deve receber o "feed-back" sobre o seu progresso em relação as metas
Um bom exemplo de oportunidade para avaliação formativa e ao mesmo tempo capaz de proporcionar esse "feed-back" é fazer que o aluno participe de avaliações periódicas ao longo do curso; para tanto é necessário que o curso seja compartimentado em módulos ou unidades estanques e capazes de serem "isoladamente avaliadas" em lugar da solução tradicional de um trabalho ou exame ao final do curso.
Em seguida apresentamos uma relação das características dos adultos enquanto aprendizes comentando as conseqüências dessas características sobre a sua aprendizagem.
Muitos cursos de Pós-Graduação e principalmente uma grande parte dos programas de treinamento de executivos fracassam por ignorar essas características. É comum professores de administração habituados ao ensino no nível de graduação no estilo tradicional (onde o professor é a "autoridade detentora do saber") verem-se em dificuldades quando vão ministrar cursos para executivos. E o mais grave é que, desconhecendo a existência de Andragogia não são capazes de identificar as causas dos seus insucessos e como corrigi-las.
- Características dos adultos como aprendizes e suas conseqüências na sua aprendizagem.
1 - Adultos possuem uma razoável quantidade de experiências:
Consequências: os adultos podem ser usados como "recursos de aprendizagem"; as estratégias de aprendizagem de adultos devem encorajar troca de idéias e experiências.
2 - O corpo dos adultos sendo relativamente muito maior que os das crianças está sujeito a maiores pressões e estímulos gravitacionais:
Consequência: O conforto físico é importante para a aprendizagem de adultos; muito pouco conforto ou em excesso podem ser desastrosos.
3 - Adultos possuem conjuntos de hábitos fortemente sedimentados:
Consequência: os hábitos e gostos dos adultos devem ser na medida do possível considerados e atendidos.
4 - Adultos tendem a ter grande orgulho de si próprio:
Consequência: os adultos respondem muito bem as oportunidades de desenvolvimento, auto-direcionamento e responsabilidade no seu processo de aprendizagem.
5 - Adultos em geral tem coisas tangíveis a perder:
Consequência: a ênfase deve ser na promoção do sucesso em lugar de revelar as deficiências
6 - Adultos têm que tomar decisões e resolver problemas:
Consequências: a aprendizagem centralizada em problemas pode ser mais efetiva e é mais agradável.
7 - Adultos tendem a ter grande número de preocupações e de problemas a resolver fora da situação de aprendizagem:
Consequência: as demandas da experiência de aprendizagem não devem ser irreais; deve haver um balanceamento adequado entre o tempo necessário para apresentação da situação de aprendizagem e o tempo necessário para a obtenção da aprendizagem.
8 - Os adultos na sociedade moderna são cada vez mais pressionados por grande número de opções:
Consequência: aprender a decidir é uma aptidão importante.
9 - Os adultos tendem a ter comportamento grupais consistentes com suas próprias necessidades:
Consequência: usualmente os adultos adotam aqueles comportamentos que façam com que suas necessidades sejam atendidas pelo grupo. Devem ser cultivados os comportamentos que sejam úteis aos indivíduos e aos grupos.
10 - Adultos tendem a ter bem sedimentadas suas estruturas emocionais consistindo de valores, atitudes e tendências:
Consequência: mudanças são perturbadoras. É mais provável obter mudanças de comportamento em um ambiente não ameaçador e onde exista em alto grau a participação e o engajamento.
11 - Adultos tendem a ter bem desenvolvidos seus "filtros" seletivos dos estímulos:
Consequência: a maioria dos adultos só ouve aquilo que deseja ouvir. O ensino para ser eficaz deve focalizar em mais de um sistema sensorial para que possa penetrar nos "filtros" que o adulto usa para barrar aqueles estímulos que ele considera desagradáveis, desinteressantes ou perturbadores.
12 - Os adultos tendem a responder bem a "reforços" negativos ou positivos de aprendizagem:
Consequência: os "esforços" de aprendizagem (tanto negativos como positivos) devem ser usados em gradações variadas.
13 - Adultos tendem a ter impressões e opiniões muito sedimentadas sobre situações de aprendizagem:
Consequência: só boas e bem sucedidas experiências de aprendizagem encorajam a formação de atitudes positivas
14 - Os adultos na sociedade moderna tem um receio íntimo de fracassar e ser substituído;
Consequência: a situação de aprendizagem deve dar oportunidades de desenvolver auto-confiança e novas aptidões.
DynamicLab Gazette - 21- 06 -04 reflexões sobre a aprendizagem on-line
A Andragogia (Knowles)Paula de Waal e Marcos Telles - Junho, 2004
A Andragogia foi definida por Malcolm Knowles como a arte e ciência de ajudar o adultoa aprender (em oposição à Pedagogia, que cuida do ensino de crianças). Os conceitos de Knowles foram amplamente discutidas prevalecendo, hoje, a posição de que os dois campos não são mutuamente excludentes. Knowles chegou a indicar que os dois conceitos formariam um continuum indo da educação centrada no professor à educação centrada no aprendedor. O fato é que os 5 princípios (ou hipóteses) da Andragogia têm sido validados pela prática e são de grande valia para o projeto de eventos educacionais voltados para adultos.
Os Princípios:
Os 5 princípios da Andragogia são:
1. Autonomia: o adulto sente-se capaz de tomar suas próprias decisões (auto-administrar-se) e gosta de ser percebido e tratado como tal pelos outros.
2. Experiência: a experiência acumulada pelos adultos oferece uma excelente base para o aprendizado de novos conceitos e novas habilidades.
3. Prontidão para a Aprendizagem:o adulto tem maior interesse em aprender aquilo que está relacionado com situações reais de sua vida.
4. Aplicação da Aprendizagem: as visões de futuro e tempo do adulto levam-no a favorecer a aprendizagem daquilo que possa ter aplicação imediata, o que tem como corolário uma preferência pela aprendizagem centrada em problemas em detrimento de uma aprendizagem centrada em áreas de conhecimento.
5. Motivação para Aprender: os adultos são mais afetados pelas motivações internas que pelas motivações externas. Vale lembrar que as motivações externas estão ligadas seja ao desejo seja de obter prêmios ou compensações seja ao desejo de evitar punições; motivações internas estão ligadas aos valores e objetivos pessoais de cada um.
A Aplicação:
Decorrem desses princípios alguns conceitos importantes para o projeto de ambientes e processos educacionais voltados a adultos; entre eles estão os seguintes:
- adultos querem entender o porquê da necessidade de aprender uma certa coisa,- adultos gostam de aplicar seu conhecimento prévio no processo de aprendizagem,- adultos interessam-se mais pela aprendizagem de coisas que possam aplicar imediatamente,- os processos de aprendizagem voltados a adultos devem ser centrados em problemas e não em conteúdos (sempre que cabível).
Andragogia é o ensino de adultos. Ultimamente muito usada no campo empresarial na área de treinamento e desenvolvimento." Lições para o educador de adultos :: Luiz Carlos Moreno O objeto da educação de adultos não é tanto ministrar o ensino, mas assegurar uma formação. Ele visa criar um clima e curiosidade intelectual, de liberdade social e de tolerância e suscitar em cada um a necessidade e a possibilidade de participar ativamente no desenvolvimento da vida cultural de sua época.A educação de adultos inclui: - Educação Geral, Educação Profissional. Educação Continuada – esta, aqui entendida como uma volta cada vez mais freqüente, em períodos de tempo cada vez mais curtos entre um evento e outro, aos ambientes de ensino – aprendizagem. A política (aspectos fundamentais do comportamento e do desenvolvimento organizacional), a técnica, a ciência, têm que ser consideradas na educação, para poder unificar e ao mesmo tempo inspirar a verdade educacional nos diversos campos em que ela se desdobra.O grande defeito encontrado nos educadores é principalmente o de procurar uma Andragogia pronta, quando essa não existe. E se existisse seria imprestável.A educação é um ato intransitivo, quer dizer, o educador não pode transformar a outrem que não esteja se transformando no próprio trabalho de ensinar. Por isso é que ele, ao ensinar, aprende.Para Quem? Precisamente aqueles que mais necessitam de educação são os que menos se beneficiam dos programas pelo fato de que, de modo geral, mais baixo é o nível de instrução e sua condição profissional modesta, menos esta pessoa é motivada para prosseguir sua educação desde que atingiu a idade adulta.Por Que? O conhecimento é condição de inserção do homem no social para que aí, junto com, associado com, opere mudanças que visem o desenvolvimento humano pleno.Alfabetização funcional - as empresas precisam cada vez mais de pessoas qualificadas (mentes e corações) que possam aprender novas tecnologias. Muitas organizações se depararam com dificuldades na compra de equipamentos mais sofisticados porque os trabalhadores, embora soubessem ler e escrever, não conseguiam entender o maquinário e ou seus princípios de funcionamento.A ampliação da educação tornou-se imprescindível para sociedade moderna, como demonstra uma pesquisa do Prof. Lawrence Lau, PhD. da Universidade de Berkeley, sobre o rendimento da produtividade. O aumento de 1% no tempo de estudo da força de trabalho um país latino - americano representa ampliar em 0,4 % produtividade nacional em um ano. O efeito de 55 meses de educação primária na força de trabalho significa crescimento de 2,5 % no PNB para uma nação deste continente.Contexto Social - A educação é uma modalidade de trabalho social. Para compreendê-la é necessário utilizar as categorias histórico - antropológicas - dialéticas, que definem o conceito de " trabalho". A educação é parte do trabalho social porque:* Trata de formar os membros da comunidade para o desempenho de uma ocupação de trabalho no âmbito da atividade total;* O educador é um trabalhador; * No caso especial da educação de adultos, dirige-se a outro trabalhador, a quem tenciona transmitir conhecimentos que lhe permitam elevar-se em sua condição de trabalhador.Quem realiza? A preparação do educador é permanente e não se confunde com a aquisição de um tesouro de conhecimentos que lhe cabe transmitir aos educandos. É um fato humano que se produz pelo encontro de consciências livres, a dos educadores entre si e os destes com os educandos. O educador deve ser o portador da consciência mais avançada de seu meio (conjuntamente com o filósofo, o sociólogo). Necessita possuir antes de tudo a noção crítica de seu papel, isto é, refletir sobre o significado de sua missão profissional, sobre as circunstâncias que a determinam e a influenciam, e sobre as finalidades de sua ação.Desmistificando - O adulto não cessa de aprender ao longo de toda a sua vida. A conservação da habilidade de aprender está mais relacionada com o grau de instrução e a prática continuada de novas aprendizagens do que expostas aos efeitos da idade. A habilidade de aprender é um atributo que se beneficia com a prática e a experiência. Em nenhuma etapa da vida como na idade adulta, o contexto social incide mais nas atitudes do homem. O adulto que chega a um agente educativo é diferente da criança e do adolescente. O adulto é uma pessoa livre que se decide a aprender e que começa por escolher o agente que espera, lhe proporcione os conhecimentos e habilidades precisos para responder a uma realidade imediata. Se o que se lhe ensina não parece ter nenhum laço com sua experiência pessoal ou não pode ser-lhe de nenhum proveito, em particular para seu futuro imediato, pode estar certo que ele não fará caso algum, não terá interesse, do mesmo modo que rechaçará idéias e informações que não chegue a compreender ou que estejam em contradição com suas convicções íntimas.As motivações e necessidades para a educação de adultos giram em torno de três categorias: Profissão; Desenvolvimento pessoal e Relações sociais.Na educação de adultos a tomada de consciência precede a escolha e a escolha deve preceder a mudança."Veja mais >> http://www.rh.com.br/ler.php?cod=3235&or...
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